11/04/11

Despedida incerta...*.*



     Sou pura e simplesmente patética, deviam olhar para mim com atenção, a sério, para aqui a ler romances que já li três e quatro vezes, apesar disso sempre na expectativa mesmo conhecendo o final de cor, cada fala, cada sensação, espero que os protagonistas tenham um melhor fim que o meu.
     Dou comigo a chorar todas as noites porque a vida deles acaba por ser perfeita e a minha é um completo desastre, revirada de pernas para o ar enquanto sofro antecipadamente por uma decisão que ainda está longe de ser realizada e uma partida ainda por agendar.
     Tento convencer-me de que nada vai mudar mas nunca soube mentir e seria estúpido faze-lo a mim mesma... portanto apenas choro enquanto ouço as lamurias das minhas cantoras preferidas que perderam o seu grande amor e penso em como muito certamente vou também perder o meu grande amor, os meus amigos, que são tudo para mim, nunca conheci melhores amigos do que os que tenho, provavelmente por ser adolescente e ser agora que as amizades se fortalecem e os amores aparecem, mas não sei que será de mim sem eles.
     Já me sinto deprimida e com um grande vazio que ironicamente será quente, tão quente como possam imaginar e nessa altura terei saudades do frio e dos gorros e das camisolas estúpidas de inverno que as avós nos fazem vestir no natal mas em vez disso terei festas à fogueira e estarei a usar roupas descapotáveis para o inverno, ligando apenas durante segundos a desejar boas festas pois será caro demais estar a falar muito tempo com aqueles que não queria deixar.
     Nada está decidido, mas choro por antecipação, choro por deixa-los, choro por causa do amor, choro por inveja das vidas perfeitas descritas no papel que alguém decidiu rabiscar, com amor e paixão, para me deprimir. Faz-me apetecer sair há rua e gritar, correr até ficar sem folgo, correr pela floresta e arranhar-me nas silvas, de sentir a dor a libertar-se nos pequenos arranhões e pensar “Se forem os meus últimos momentos por aqui, quero ter memórias de tudo e é por isso que me arranho e corro pela floresta fora, porque até da dor quero ter memória.”, mergulhar num rio gelado e tentar prolongar a sensação de frio que vai escassear e levar o Massimo de memórias dos amigos que vou deixar.
     Mas não sou louca e tenho ética, logo choro quieta, sozinha, deprimida e quando chegar a hora aceno com a cabeça digo “Adeus...” e embarco no avião sem mais uns dedos de conversa com o pais que me acolheu desde que nasci.


By: mirieme

8 comentários:

Cátia disse...

gosto (:

Rafaela disse...

gosto bastante,e obrigada por seguires, eu tambem vou seguir o teu, visto que adoro os teus textos e o modo como escreves. beijinho*

Brigite Silva disse...

Obrigada querida :D
Siigo*

Brigite Silva disse...

Assério? :DD
Obriigadaaa ^^

Rita J. disse...

obrigada fofinha** gostas do blog? :)

Deseja.se.mulher disse...

Uau... conseguiste emocionar-me... Parabéns. Amei mesmo. Tenho de te conhecer, asério

Deseja.se.mulher disse...

Talvez, não se sabe o dia de amanha sempre me disseram. Parabéns escreves mesmo bem. Podes dar-me o teu mail ? Assim conheciamo-nos :D
Beijo e obrigada pelo comentário. Já agora... amo a música. Podes me dizer o nome ?

tânialopes! disse...

obrigada :)
é com este site: http://www.blogskins.com/